O carro saiu do alcatrão e parou na berma da estrada, que era também parque de estacionamento do café/restaurante/quiosque de livros e mapas da região/loja de prendas, fios, colares, pedras da sorte, porta chaves. Era, finalmente, a "porta de entrada" que nos ia levar à Garganta do Diabo.
Atravessámos o restaurante, seguimos por umas escadinhas, e depois por um trilho que cortava a vegetação. Mais escadas, mais pedras, um novo trilho.
O rio corria cheio de água. Dava para perceber isso à distância, pelo barulho da água. O mesmo barulho que ajudava a imaginar os acidentes do terreno que íamos descobrir.
De pedra em pedra, de pulo em pulo, braços no ar de vez em quando, numa tentativa desesperada de equilibrar o corpo, antes que caísse, lá fui acompanhando o grupo.
De repente, os acidentes do terreno e a quantidade de água põem à prova a criatividade humana. Quando o rio vai menos cheio, é possível atravessar pela rocha. Mas, agora, a situação é diferente.
A criatividade humana responde à altura, com uma estrutura amovível, de montagem fácil e rápida (aparentemente). O objectivo é cumprido, é possível passar sem molhar os pés. A sensação, essa, é muito parecida à do equilibrista que atravessa a corda bamba.
[Brasil | Chapada Diamantina]